Migrar uma operação de iGaming para o ambiente regulado no Brasil é um processo altamente técnico, sensível e que exige planejamento milimétrico. Mais do que uma simples troca de sistema, a migração envolve decisões críticas sobre estrutura de dados, sincronização entre plataformas, higiene de base, validação de segurança e conformidade legal.
Neste artigo, exploramos os pilares fundamentais para uma migração bem-sucedida: o passo a passo técnico mais recomendado, os principais desafios de integração e transparência, os requisitos de compliance com a LGPD e a SPA, e as boas práticas que operadores devem seguir para garantir uma transição segura, rápida e sem riscos.
Passo a passo de uma migração segura
Embora cada caso de migração deva ser avaliado individualmente, há um fluxo recomendado que costuma ser seguido em operações reguladas:
- Entrevista inicial com a equipe técnica da plataforma anterior para entender a estrutura e o formato dos dados.
- Geração de amostras com pequenos volumes (10, 50, 2000 registros) para testes em ambiente de staging.
- Validação em ambiente de testes: conferência de dados, saldos, status de jogadores e parâmetros de jogo responsável.
- Planejamento do cutover: parada programada da plataforma antiga e geração da base final de migração.
- Execução da migração em massa, testes internos e liberação para produção.
Esse processo pode levar entre 10 dias e 1 mês, dependendo do volume de dados, número de tabelas e complexidade da origem.
Sincronização, higiene de dados e desafios comuns
Em geral, não há comunicação direta entre bases de dados. A transferência costuma ocorrer por meio de arquivos (CSV, XLS, TXT) ou ferramentas de ETL, e em alguns cenários, com uso de APIs para automação parcial.
A responsabilidade pela higiene da base é inicialmente do operador anterior, mas etapas de validação podem detectar inconsistências (ex: dados duplicados ou não padronizados) e exigir correção antes da importação definitiva.
Transparência e acompanhamento para decisores
A transparência é fator essencial no processo. Boas práticas envolvem a conferência de saldos e cadastros antes e depois da migração, acompanhamento de indicadores em dashboards e envolvimento de lideranças operacionais para garantir confiabilidade.
Segurança e compliance: pilares da migração
As exigências de segurança em ambientes regulados envolvem:
- Criptografia de dados em trânsito e em repouso, conforme determinação da LGPD
- Validação de integridade após importação, com logs rastreáveis
- Certificações como GLI19, GLI 33, GLI mercado regulamentado federal e homologação de uso ao SIGAP atestam boas práticas internacionais
Boas práticas para operadores
- Garanta acesso estruturado aos seus dados desde o início do planejamento.
- Disponibilize uma equipe técnica de referência para interação com o novo fornecedor.
- Promova o alinhamento entre as equipes, mesmo que a participação de lideranças seja mais gerencial.
Casos reais: organização faz toda a diferença
Operações que planejam com antecedência a migração, mesmo em condições confidenciais, conseguem reduzir drasticamente o tempo de transição e os riscos de retrabalho ou perda de dados.
“Migração segura não é mágica — é método, comunicação e preparação. Quanto mais alinhadas estiverem as equipes técnicas e mais claro for o fluxo de dados, mais suave será a transição. Nosso compromisso é garantir que o operador tenha total confiança em cada etapa..” diz, Jefferson Torquato, Head de Desenvolvimento da Salsa Technology.
Como a Salsa conduz esse processo
A Salsa Technology realiza migrações com base em experiência prática no ambiente regulado brasileiro. Combinamos equipes locais, metodologias certificadas e acompanhamento integral para garantir que operadores migrem com segurança, integridade de dados e tranquilidade operacional. Saiba mais em: www.salsatechnology.com
* Por Jefferson Torquato | Head of Development da Salsa Technology
Jefferson Torquato é Head de Desenvolvimento da Salsa Technology. Com ampla trajetória em desenvolvimento de negócios, tecnologia e estratégias de crescimento no setor de iGaming, Jefferson lidera a área de desenvolvimento (Java, Quality Assures e Data analytics) e software da empresa com foco em expansão sustentável, parcerias estratégicas e geração de valor para operadores. Reconhecido por sua capacidade de alinhar visão de mercado com soluções técnicas, é uma das vozes mais influentes na consolidação do iGaming regulado no Brasil.